Decidir Ir Sozinha – 2025

Decidir Ir Sozinha - Março 2025

Decidir Ir Sozinha e o Mais Rápido Possível: Como Planejar e Se Preparar para essa Jornada

Tomar a decisão de partir sozinha nunca é fácil. Há um turbilhão de sentimentos envolvidos, desde a empolgação por um novo começo até o medo da incerteza. Mas, às vezes, chega um momento na vida em que percebemos que precisamos fazer algo por nós mesmas, que precisamos nos colocar como prioridade e buscar aquilo que realmente nos faz felizes.

Essa é uma escolha que exige coragem. Afinal, deixar para trás uma história construída com amor, família e segurança não significa ingratidão ou abandono, mas sim um chamado interno para algo maior. Muitas mulheres, em diferentes momentos da vida, sentem essa necessidade de se redescobrir, de buscar novas oportunidades e de se desafiar em um novo ambiente.

Neste artigo, vamos falar sobre esse momento decisivo. Como lidar com os medos, os desafios e as incertezas de tomar essa decisão? Como se preparar emocional e financeiramente para essa mudança? E, principalmente, como transformar essa experiência em uma oportunidade de crescimento pessoal e profissional?

Se você já se perguntou se está na hora de partir e começar uma nova jornada, continue lendo. Você não está sozinha nessa.

Por Que Decidir Ir Sozinha?

Tomar a decisão de partir sozinha pode parecer assustador, mas, muitas vezes, é a escolha mais certa a se fazer. Existem diversos motivos que levam alguém a tomar essa atitude, desde a busca por independência até a necessidade de um recomeço em uma nova realidade. No fundo, o que realmente importa é entender se essa é a decisão que faz sentido para você.

1. Busca por independência e autoconhecimento

Muitas vezes, passamos a vida nos moldando às expectativas dos outros: da família, do parceiro, da sociedade. Com o tempo, pode surgir uma sensação de vazio, de que algo está faltando, mesmo quando, aparentemente, temos tudo. Decidir partir sozinha pode ser a oportunidade de se reconectar consigo mesma, descobrir seus reais desejos e entender até onde você pode ir por conta própria.

2. Recomeço e novas oportunidades

Mudar de país, de cidade ou até de estilo de vida pode representar um recomeço, tanto no âmbito profissional quanto no pessoal. Talvez você sinta que, onde está agora, não há mais espaço para crescimento ou que as circunstâncias não favorecem seus sonhos. Um novo começo pode ser a chance de construir a vida que realmente deseja, sem os limites impostos pelo medo ou pela zona de conforto.

3. Desafios pessoais e profissionais

O desafio de encarar o desconhecido é o que faz muitas pessoas evoluírem. Adaptar-se a um novo país, uma nova cultura e uma nova rotina pode ser difícil, mas é também uma oportunidade de aprendizado. Quem se joga no novo sem garantias desenvolve habilidades valiosas, como resiliência, flexibilidade e autoconfiança, que fazem toda a diferença em qualquer aspecto da vida.

4. A importância de confiar na própria intuição e agir rápido

Muitas pessoas passam anos esperando o “momento certo” para fazer mudanças, mas, na maioria das vezes, esse momento nunca chega. A verdade é que, quando sentimos um chamado interno, precisamos confiar na nossa intuição e agir. O medo sempre vai existir, mas a diferença entre quem realiza e quem fica no mesmo lugar é a coragem de dar o primeiro passo.

5. Como entender se essa decisão é realmente a melhor para você?

Antes de tomar qualquer decisão radical, é essencial refletir sobre alguns pontos:
✔️ Você está tomando essa decisão por si mesma ou para agradar alguém?
✔️ Você se sente feliz e realizada com sua vida atual?
✔️ Você já planejou financeiramente essa mudança para evitar imprevistos?
✔️ Você tem um propósito claro para essa transição?

Se a resposta para essas perguntas te leva cada vez mais para a necessidade de mudança, talvez essa seja a escolha certa. E lembre-se: partir sozinha não significa estar só. Sempre haverá caminhos, oportunidades e pessoas dispostas a ajudar. O mais importante é acreditar em si mesma e seguir adiante.

Por Que Decidi Ir Sozinha?

Tomar essa decisão não foi fácil. Não foi um impulso momentâneo, mas algo que amadureceu dentro de mim por muito tempo, entre lágrimas, dúvidas e aquela sensação sufocante de que eu precisava fazer algo por mim. Eu amo minha família, amo ser mãe do Henrique, um garotinho cheio de energia e amor, esposa e amo meu marido Bruno, meu companheiro há quase 17 anos. Construímos juntos uma história linda, com altos e baixos, desafios e conquistas, mas ainda assim, dentro de mim, algo gritava: “E você, Erika? O que você realmente quer?”

Por muito tempo, me moldei às necessidades dos outros, me anulei em muitas decisões, sempre colocando o que era melhor para minha família antes de pensar em mim. Mas chegou um momento em que percebi que, se eu não tomasse as rédeas da minha vida agora, talvez nunca tivesse coragem de fazer isso e ser feliz de verdade. E eu não queria acordar um dia, olhar para trás e me perguntar: “E se…?”

A verdade é que sempre sonhei em morar fora do Brasil. Conhecer outras culturas, proporcionar um futuro diferente para o meu filho, onde ele pudesse aprender inglês desde cedo, crescer em um ambiente mais seguro, com oportunidades que talvez aqui ele não tenha isso. Mas a realidade veio como um choque: meu marido não quer ir. E mais do que isso, ele não permiti que eu levasse o Henrique comigo.

Eu poderia ter desistido naquele momento, mas dentro de mim havia uma certeza inexplicável de que essa era a minha missão. Eu precisava ir primeiro. Precisava preparar o caminho, construir nossa base, encontrar um emprego, uma casa, mostrar que era possível. E, no fundo, tenho fé que, quando tudo estiver pronto, meu marido mudará de ideia e entenderá que esse é o melhor caminho para todos nós.

Mas nada disso vem sem desafios. O maior deles, sem dúvida, é partir sem meu filho. Só de pensar nisso, sinto um aperto no peito, um nó na garganta que me acompanha em cada pensamento sobre essa mudança. Como mãe, tudo dentro de mim grita que eu deveria estar ao lado dele, protegendo, cuidando, garantindo que cada dia seja feliz e seguro assim como venho fazendo desde que eu descobrir a minha gravidez. Mas, ao mesmo tempo, sei que essa distância temporária pode ser o sacrifício necessário para dar a ele um futuro melhor.

E, além da parte emocional, há a parte prática: o financeiro. Fiz e refiz cálculos inúmeras vezes. Com o dólar em alta, cada centavo conta. Tenho apenas R$30.703,00, que, convertidos, se tornam pouco mais de $5.186,31. O suficiente apenas para chegar e me estabelecer, mas sem margem para erros. Não há espaço para luxo, nem para imprevistos. Preciso trabalhar desde o primeiro momento para conseguir me manter e, depois, trazer minha família.

Foi quando em minhas pesquisar conheci o Rogério, um brasileiro que mora a 9 anos nos Estados Unidos e que auxilia outras pessoas a iniciarem suas vidas nos Estados Unidos. Com ele, encontrei soluções que tornaram essa decisão mais viável. Aluguel sem a burocracia absurda que exigiria uma renda inalcançável para quem está chegando. Um carro com seguro e garantia, que não me deixaria na mão. Passagens a um preço muito mais acessível do que as que encontrei sozinha. Cada detalhe fez com que essa decisão parecesse um pouco menos assustadora.

E foi por isso que decidi ir agora, em março. Os planos iniciais eram para agosto, mas eu não posso esperar. O tempo urge. Em setembro, começam as aulas nos EUA, e se tudo der certo, quero que meu filho já tenha um lugar para estudar, uma casa para morar e uma mãe forte o suficiente para recebê-lo com tudo preparado.

Essa viagem não é apenas uma mudança geográfica. É um reencontro comigo mesma. É a realização de um sonho. É um salto no desconhecido, mas com a certeza de que, se eu não der esse passo agora, vou me arrepender pelo resto da vida.

Eu choro, sinto medo, me questiono a cada instante. Mas também sinto que estou no caminho certo. Não sei se isso parece egoísmo, mas, pela primeira vez, estou me escolhendo. E tenho fé de que, no fim, tudo fará sentido.

Como Me Preparar Para Partir Rapidamente

Tomar a decisão de ir já foi difícil, mas agora vem a parte mais desafiadora: organizar tudo em pouco mais de um mês. O tempo está correndo, e eu preciso me preparar emocionalmente, financeiramente e logisticamente para essa mudança. Ainda me pego pensando: será que vou conseguir resolver tudo a tempo? Mas não tenho escolha. Se eu quero que essa transição aconteça da melhor forma possível, cada dia até março será essencial.

Organização Emocional: Como Vou Lidar Com o Medo e as Críticas

Sei que, à medida que minha viagem se aproxima, os comentários das pessoas ao meu redor vão ficar ainda mais intensos. Já estou me preparando para escutar frases como: “Você enlouqueceu!” ou “Como vai conseguir sozinha?”. Mas não posso permitir que o medo dos outros alimente o meu próprio medo.

Já decidi que vou focar no que realmente importa: o meu propósito. Vou continuar minha terapia para me fortalecer emocionalmente e encontrar forças para enfrentar os dias de insegurança e saudade que, inevitavelmente, virão.

Sei que deixar meu filho será a parte mais difícil, mas não estou indo embora, estou indo na frente. E sempre que o medo bater, vou me lembrar do porquê estou fazendo isso: para garantir um futuro melhor para nós dois.

Planejamento Financeiro: Como Vou Juntar Dinheiro Rápido

Tenho pouco tempo para reforçar minha reserva financeira, então vou precisar agir rápido. Meu plano é vender tudo o que não for essencial: móveis, eletrônicos, roupas. Vou cortar qualquer gasto supérfluo e tentar encontrar novas formas de fazer dinheiro extra até março.

O dólar está alto, e sei que cada real que conseguir economizar agora fará diferença quando eu chegar lá. Vou organizar um orçamento detalhado, priorizar o essencial e garantir que cada centavo seja usado da melhor forma possível.

Sei que não posso me dar ao luxo de chegar despreparada. Meu objetivo é ter pelo menos os primeiros meses organizados financeiramente até conseguir me estabilizar com um trabalho nos Estados Unidos.

Documentação e Burocracia: O Que Preciso Resolver Antes de Ir

Nessas próximas semanas, minha prioridade será resolver toda a parte burocrática. Não posso correr o risco de esquecer nada e acabar enfrentando problemas na imigração ou nos primeiros dias lá. Vou revisar minha lista e garantir que tudo esteja pronto antes da viagem:

✅ Conferir validade do passaporte.
✅ Garantir que meu visto esteja em ordem.
✅ Organizar os comprovantes de estadia e passagem.
✅ Deixar meus documentos financeiros preparados para qualquer exigência na imigração.
✅ Salvar e organizar contatos essenciais que possam me ajudar na chegada.

Além disso, vou contar com a mentoria do Rogério, que já está me orientando sobre aluguel, transporte e até as escolas para quando o Henrique chegar. Isso me dá um pouco mais de segurança no meio desse furacão de mudanças.

Criando Meu Plano de Emergência: Para Onde Ir, Onde Ficar e Como Me Sustentar

Não posso simplesmente desembarcar nos EUA e “ver o que acontece”. E a mentoria está me ajudando r nessa etapa, para estar tudo planejado antes de pisar lá. Meu primeiro passo é garantir um lugar para ficar, ainda estou decidindo se vou alugar um quarto em uma cassa de família ou se eu alugo um apartamento e alugar para um pessoa e dividir o aluguel que ajudaria muito nesse primeiro momento. Com a ajuda do Rogério, vou decidir o que será melhor.

Nos próximos dias, cada detalhe desse plano vai ser ajustado e revisado. Quero chegar aos Estados Unidos pronta para enfrentar qualquer obstáculo, porque sei que os primeiros meses serão os mais difíceis.

Agora, a ansiedade começa a crescer. Estou prestes a dar o maior passo da minha vida, e vou fazer de tudo para que ele seja o primeiro de muitos na direção do meu sonho.

Dicas Práticas Para Quem Vai Sozinha

Saber como se preparar para isso é muito importante, mas sei que mesmo com planejamento e a mentoria, que está sendo essencial. Sei que não será fácil, que terei desafios, momentos de solidão e insegurança, mas também sei que estou indo para construir algo melhor para mim e para minha família.

Estou mergulhando em pesquisas e conversas com pessoas que já passaram por isso. E quero compartilhar aqui algumas dicas que têm me ajudado a me sentir mais segura e preparada para essa nova fase.

Escolhendo o Destino Ideal Para Quem Está Indo Sozinha e Sem Muito Tempo Para Planejar

Acredito que para iniciar e dar esse passo importante, tenho que levar em conta algumas coisas, com:

  • Custo de vida acessível – Para quem está começando, não dá para escolher um lugar extremamente caro.
  • Facilidade para conseguir trabalho – Eu preciso começar a trabalhar o quanto antes, então pesquisei sobre vagas e já estou me candidatando.
  • Rede de apoio – Ter contatos que possam ajudar na adaptação faz toda a diferença. No meu caso, meus contatos mais próximos são o Rogério e a Sá da mentoria que me trouxe um pouco mais de segurança, tenho um primo também, porém ele é de outro estado dos Estados Unidos e seria a ultima opção, não gosto de incomodar, sei lá, é o meu jeito rs!

Como Lidar Com a Solidão e a Adaptação ao Novo Ambiente

Esse talvez seja um dos meus maiores desafios. Já imagino os dias em que vou me sentir sozinha, longe da minha família, do meu filho, da minha filhota Sophia. Vou chorar? Sim. Vou ter vontade de desistir? Provavelmente. Mas também sei que essa decisão tem um propósito muito maior.

Para lidar com isso, algumas coisas já estão no meu plano:

  • Criar uma rotina logo nos primeiros dias, pois a pior coisa é ficar perdida sem saber o que fazer.
  • Manter contato constante com minha família, para sentir que, apesar da distância, ainda estamos conectados.
  • Sair para conhecer pessoas e me integrar ao novo ambiente, mesmo que no começo pareça difícil.
  • Ter metas pequenas e alcançáveis, para me manter motivada e lembrar o porquê estou fazendo isso.

O Medo da Deportação e a Confiança em Estar Fazendo Tudo Certo

Nos últimos dias, tenho acompanhado as notícias sobre deportações de imigrantes nos Estados Unidos, e confesso que esse é um medo real. Vejo relatos de pessoas que sonhavam com uma nova vida e, infelizmente, foram enviadas de volta para o Brasil. Sei que há muitos fatores envolvidos, como a forma de entrada no país, a situação legal e até mesmo a abordagem na imigração.

Mas estou confiante. Estou indo com um visto válido, que me permite permanecer legalmente por até seis meses. Estou estruturando tudo, uma reserva financeira para esse primeiro momento e a consciência de que preciso seguir todas as regras para evitar qualquer problema. O medo existe, claro, mas a fé de que tudo dará certo é maior. Estou me preparando para que essa seja uma experiência segura e transformadora.

Essa jornada só está começando e não será simples, mas sei que cada desafio me fará mais forte. Estou determinada a seguir em frente, enfrentar meus medos e construir a vida que desejo.

Conclusão

Partir sozinha para um novo país é uma decisão que mistura medo, ansiedade e expectativa. Não é apenas sobre cruzar uma fronteira, mas sobre atravessar meus próprios limites, enfrentar desafios e me redescobrir. Sei que o caminho não será fácil, que terei momentos de solidão e incerteza, mas também sei que essa jornada tem um propósito maior.

Estou indo com o coração apertado, mas também cheio de esperança. Tenho fé de que estou fazendo o que é certo, não só para mim, mas para o futuro da minha família. Cada passo que dou agora é um passo rumo a uma vida melhor, mais segura e mais alinhada com os meus sonhos. E mesmo que o medo tente me paralisar, escolho seguir em frente com coragem.

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